Artigo 05 da série: Moedas de troca não ortodoxas
Antes, pessoas se tornavam renomadas, famosas, eram reconhecidas, devido a méritos, potencial, capacidade, preparo, conhecimento, inteligência, sabedoria, habilidades; talentos naturais ou construídos / desenvolvidos; experiência, maturidade técnica profissional, diferencial e ou expertise real. Porém, ao longo da história da humanidade a coisa vem mudando, e há algumas décadas as moedas mais comuns, importantes e fortes para se adquirir notoriedade, chegar a fama e ao sucesso não são mais estas, mas sim moedas não convencionais, não ortodoxas.
Hoje quase qualquer um pode comprar de forma relativamente fácil a fama, o sucesso, a notoriedade e o reconhecimento em uma área comercial, mercado, atividade (profissional, artística, esportiva), sem a necessidade de realmente ser bom, ter maturidade técnica e diferencial. Na realidade, em muitos casos não necessita nem mesmo ter preparo, conhecimento, habilidades essenciais e outros requisitos básicos mínimos para se atuar profissionalmente.
Para isso basta ter dinheiro, moeda “convencional” ou algum dos diversos tipos de moedas de troca não convencionais válidas no mercado de interesse, para artificialmente se destacar profissionalmente e chegar rapidamente ao topo.
Em outras palavras, quem tem dinheiro, ou outro tipo de moeda aceita no mercado que se propõe a entrar, pode pagar por publicidades, normalmente enganosas, ou utilizar algum dos vários recursos não ortodoxos; pode comprar sua notoriedade, fama, status e se destacar muito fácil e rapidamente, como muitos já fazem.
Do dinheiro convencional e presentes utilizados de forma não ortodoxa (suborno / propina), a drogas, troca de favores, tráfico de influência, politicagem, privilégios, benefícios, favorecimentos e claro sexo – o famoso, antigo e clássico teste do sofá – tanto héteros quanto gays /homossexuais -, são moedas de trocas super valorizadas em muitos mercados, principalmente os artísticos, e especialmente o sexo. Profissionais de ambos os sexos, héteros e gays relativamente bem posicionados quanto a prestígio, econômico e ou profissionalmente, se aproveitam da “ingenuidade”, imaturidade, “necessidades”, desejos (muitas vezes fúteis) e aliciam de várias maneiras homens e mulheres normalmente mais jovens, bonitos e imaturos, do sexo oposto ou do mesmo sexo, e em troca, realizam alguns de seus desejos, dão presentes e ou de alguma forma os ajudam a se destacarem profissionalmente e ou a estarem na mídia, mesmo não tendo o preparo, conhecimento, habilidades, aptidão e maturidade técnica mínima adequada para a posição, cargo e ou atividade que exerce.
O processo inverso também é muito comum, ou seja, pessoas, tanto homens quanto mulheres que utilizam seus rostos bonitos, corpos esculturais e objeto de prazer, para seduzir pessoas bem posicionadas profissional e ou economicamente, mas “ingênuas”, não muito espertas ou que se passam por ingênuas e pouco espertas, para ter o que não teria se não fosse sua condição social, profissional e ou econômica. Neste último caso chega até ser uma troca justa – um “enganando” o outro. Algumas pessoas chegam a viver anos fingindo, sem amor e prazer real, só para conquistar e ou manter o que quer. Jogo sujo e uso de moedas de troca não ortodoxas não vêm de hoje; alguns tipos já são utilizados há séculos, porém hoje em dia estão extremamente comuns.
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