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Uncreative place

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Um espaço com visual e conteúdo jovem

Após alguns anos escrevendo como colaboradora para alguns blogs, Bianca Caroline, uma jovem estudante apaixonada por livros, filmes, séries, músicas e várias outras artes, resolveu criar seu próprio espaço na grande rede e em Agosto de 2016 começou a disponibilizar artigos, análises, críticas e indicações de arte em geral.

Este canal tem foco em economia, jogo sujo geral e que caracteriza concorrência desleal e outros temas direta e indiretamente relacionados.

Vinil, CD, MP3 e as verdades, mitos, falsos conceitos e ideias antiquadas quanto a qualidade sonora

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Os exageros, falta de bom senso, coerência, flexibilidade, conhecimento, maturidade – principalmente técnica – e outros quanto a qualidade de som do CD, MP3 e vinil

Vinil_CD_ControladorasO som não tem fidelidade total no vinil, nem no CD, nem no MP3. Além das limitações e deficiências de cada mídia e da manipulação inadequada / incorreta das mesmas, dos sistemas de áudio, da captura e da gravação, ainda existem diversos outros fatores que incidem na qualidade do som, como conjunto e tipo de sistema de reprodução de som, fatores ambientais, como temperatura e umidade relativa do ar, posicionamento dos equipamentos, dentre vários outros. Além de tudo, não existe um padrão quanto as sensibilidades e percepções sensoriais humanas, principalmente a auditiva. Cada humano tem uma sensibilidade e / ou gosto quanto aos dados / informações captadas pelos sentidos (olfato, paladar, audição, visão e tato). Em outras palavras, cada pessoa possui uma sensibilidade sensorial em relação a cada um dos 5 sentidos. O paladar, a audição, o tato, a visão e o olfato são muito mal utilizados. Sendo generoso, digo que a maioria das pessoas não aproveita nem 20% do potencial real dos sentidos e do cérebro.

De acordo com vários fatores e sensibilidade natural, uns sentem mais frio que outros. Por vários motivos, conscientes ou subconscientes, algumas pessoas percebem melhor e / ou prestam mais atenção, focam mais algumas frequências, e outras pessoas prestam mais atenção e / ou percebem melhor outras frequências. Em outras palavras, há pessoas que preferem músicas com um pouco mais de grave, outras com mais brilho, ou seja, um pouco mais aguda. E isso depende inclusive da sensibilidade e percepção auditiva. Talvez aqueles que preferem músicas mais agudas em relação a outras pessoas não seja realmente porque gosta, mas sim porque não tem a mesma sensibilidade, e necessita que que a música seja mais aguda.
A diferença de sensibilidade depende dos cuidados com a audição, limpeza e / ou preservação quanto a ouvir música / som muito alto. Depende também do condicionamento / treinamento consciente, objetivado ou subconsciente de forma natural de cada pessoa.
No geral, para agradar a maioria em um evento, os operadores de áudio e / ou DJs usam seus parâmetros pessoais como referência, julgando serem os mais adequados. A maior parte do público não está nem aí para as pequenas diferenças sonoras perceptíveis apenas pelos próprios DJs e por quem tem ouvido treinado / condicionado, mais precisos.
Muitos profissionais da música, como DJs, devido as longas exposições à músicas altas sem o uso de poteção adequada, têm menor sensibilidade mas tem melhor percepção auditiva do que a grande maioria das pessoas normais, ou seja, que não tem ouvidos treinados. Em outras palavras, os DJs têm ouvidos cansados por ouvir música muito alta mas o cérebro bem condicionado, e sabem focar de forma consciente, as principais características sonoras a sua maneira, muitas vezes de forma inflexível e partidária. Por outro ângulo, muitos ouvem o que querem, conseguem e ou se condicionaram a ouvir. Porém o que é “certo” \ adequado para uns, pode não ser para outros.
O processo de gravação, edição e masterização, também influencia muito na qualidade final da música, tanto que encontra-se boas músicas com sonoridade não tão boa no vinil, assim como também ocorre no CD e no MP3. Outro fator que altera expressivamente a qualidade da música no vinil é a forma de armazenamento quanto a rotação. Ao gravar em 33 RPM ganha-se mais espaço mas perde-se agudos, ou seja, perde-se o brilho. Em 45 RPM ocorre o oposto: ganha-se qualidade quanto as frequências agudas, ganha-se mais brilho, mas perde-se espaço. Durante a década de 90 a maioria dos singles dances europeus eram em 45 RPM enquanto a maioria dos norte americanos eram gravados / prensados em 33 RPM. Isso é quase o mesmo que ocorre com o áudio compactado, como o MP3. Quanto mais se compacta mais se perde qualidade. Quanto menos compactação, melhor é a qualidade e maior é o tamanho do arquivo. Porém após um determinado nível de qualidade, esta se torna imperceptível, se não para todos, para a grande maioria dos humanos. Muito se fala sobre a perda de informações do método de compactação do MP3 e sobre a qualidade de audio do vinil sem conhecer realmente sobre os prós e contras desta tecnologia, porém o que muitos não sabem é que o vinil também tem perdas significantes e perceptíveis.
Devido a uma série de fatores sensoriais auditivos e mentais, uma mesma música ouvida em um mesmo sistema por várias pessoas, pode ser percebida de forma sutilmente diferente por cada pessoa, ou seja, sutilmente mais aguda para uns, mais grave para outros e / ou mais alta para uns e mais baixa para outros, dentro do mesmo ambiente, como já explicado, devido a sensibilidade, nível de atenção e dimensionamento mental de cada um.
Além dos equipamentos, alguns acessórios têm grande influência na qualidade sonora. Para se ter uma ideia, no caso do vinil, se comparar agulhas e / ou shells de modelo e / ou marcas diferentes em uma mesma música, do mesmo vinil, no mesmo sistema de som, verá que mudam completamente a sonoridade. Isso ocorre devido ao tipo de material e / ou de como cada um é feito. Algumas combinações expressam melhor os agudos, o brilho da música, já outras, os graves. Tanto que cada DJ prefere uma combinação quanto a shells e agulha. Portanto, o vinil não tem a fidelidade que muitos imaginam. Aliás, não existe um padrão sonoro em nenhuma mídia, nem quanto a audição humana. Algumas poucas mudanças quanto a equipamento, ambiente e outros pode mudar de forma sutil ou expressiva a sonoridade de uma música.
E nem sempre a diferença de sonoridade gerada, de alguns equipamentos e / ou mídias para outros, significa que a qualidade sonora da música seja ruim.
O objetivo deste material não é defender lixo, músicas extremamente mal gravadas, comerciais ou não, e sim defender as pequenas deficiências naturais das mídias, pois, nenhuma delas é perfeita, mas todas têm virtudes em relação às outras. Cabe um bom senso, coerência e maturidade técnica no momento de avaliar e julgar novas e velhas tecnologias.
Ao se analisar e julgar tecnicamente algo, uma tecnologia, recurso, mídia, produto, serviços e outros, deve-se levar em consideração diversos fatores técnicos, racionais e dependendo até, emocionais, diretos ou indiretamente ligados ao mesmo. Deve-se evitar levar em consideração somente sua sensibilidade, ponto de vista e opinião de forma partidária, imparcial, sem um estudo e análise adequados.
No fim das contas, as três tecnologias / mídias (vinil, CD e MP3) são mocinhas, fantásticas, e ao mesmo tempo vilãs, têm seus prós e contras, virtudes e deficiências, cada um na sua época.

 

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Em nosso podcast falaremos sobre inteligência e comportamento, jogo sujo e concorrência desleal, algumas artes, ciências, esportes, sobre economia e outros temas.

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