Os atuais métodos utilizados para classificar os DJs quanto a ser bom / ser o melhor provocam muita injustiça. Como exemplo, imagine um DJ que está na 40ª. posição em um ranking de 100, que pode ser melhor que o que está em primeiro, mas ainda não se destacou principalmente na região onde é feita a pesquisa, ou tem uma especialidade musical com muito menos adeptos, ou ainda a mídia que está promovendo a votação não atinge seu público, dentre outros fatores importantes a serem levados em consideração. Com isso, certamente terá uma baixa votação, o que não significa que ele não é bom, mas sim, que é menos popular na situação e / ou cenário apresentado, o que infelizmente é extremamente comum.
Outra injustiça cometida é quanto à especialidade técnica, musical e até quanto ao tipo de evento. Para se ter uma ideia, às vezes um produtor é classificado como o melhor DJ do ano por uma mídia, sendo que o profissional nem é DJ, e vice versa. Para ser justo, se um profissional for o melhor do ano como produtor deve ser classificado desta forma e preferencialmente dentro de sua especialidade musical. Se um DJ for considerado o melhor do ano, para ser justo, deve ser classificado dentro de suas especialidades musicais e / ou técnicas. Já se um profissional realmente foi o melhor do ano tanto como DJ quanto como produtor, que são duas coisas completamente diferentes, pode e deve ser classificado nos dois rankings e se quiser pode citar em ambos seu feito de ser o melhor nas duas especialidades.
Para uma classificação correta e justa, deve haver um ranking para produtor e outro para DJ. Para ser considerado o melhor do Brasil o “concurso” deve estender-se ao Brasil e como já citei várias vezes, a classificação deve ser dentro de sua especialidade musical e técnica. Nos atuais moldes de “avaliação” / votação e classificação, DJs de Electro House, DNB, Pop Dance, Tribal House, Trance, Eurodance, dentre diversos outros ritmos e estilos, são classificados todos juntos, porém cada gênero, ritmo e estilo têm uma popularidade, um tipo de público. Pergunto: como o melhor DJ de Trance pode ser comparado ao melhor DJ de Electro House, DNB ou PopDance em votação popular onde cada ritmo, cada gênero, tem um público / “tribo”, muitas vezes distintos, alguns com muito mais adeptos que outros? Na realidade para ser tecnicamente correto e justo, jamais deve se comparar e / ou classificar, principalmente por votação popular, um DJ de House com um DJ de DNB ou de RAP, um DJ de Trance com um DJ de DNB, ou ainda um DJ de DnB com um DJ de Eurodance, dentre diversas outras combinações / possibilidades, pois são “tribos” e ritmos completamente diferentes e com diferentes números de adeptos / “simpatizantes”.
Na classificação deve ser levado também em consideração, e deixado claro, a região da votação, pois algumas classificam como sendo os melhores DJs do Brasil, ou deixam propositalmente em aberto, levando a grande maioria a crer que é de todo o país, porém a votação / “avaliação” têm participantes apenas de alguns poucos estados e ocorrem em algumas poucas capitais de alguns estados, normalmente 4 ou 5, porém aproximadamente 80% dos participantes são de um ou dois estados.
Deve-se ter lógica, racionalidade, coerência e bom senso para se criar uma classificação, um ranking de profissionais correto e justo de um mercado. Além do mais, depende também da força e do público que a mídia que está promovendo a votação atinge.
Vs: 1.0 Pt: 02 de 05 (Rg 2010)
Deixe um comentário