A internet e a inteligência (efeito “Google”)

As ferramentas de busca / pesquisa como o Google, as redes sociais e outras ferramentas da internet podem ajudar a ampliar exponencialmente a inteligência, potencial intelectual. Em outras palavras, sendo mais direto, com a internet, a grande maioria dos que têm acesso a ela pode ser muito mais inteligente do que realmente é. Porém não é isso que acontece – muito pelo contrário. A internet está sendo muito mal aproveitada, utilizada de forma inadequada e com isso, na maioria dos casos está gerando um grande conhecimento inútil, de baixa utilidade, fragmentado, inconclusivo, o que leva a conclusões erradas, a acreditar em mitos, falsos conceitos, falsas verdades, ideias antiquadas, e consequentemente, a baixo nível intelectual, falsa inteligência, e claro levando, a cometer muitos erros.

A maioria usa os recursos da internet para bobagens e a quase totalidade dos que fazem pesquisas objetivando aprender algo na internet “estudam”, analisam os materiais encontrados muito superficialmente, de forma fragmentada, pulando partes que muitas vezes são fundamentais para a boa compreensão do assunto; ou simplesmente agem ou copiam a ideia, conceito, técnica como entendeu / “aprendeu” (superficialmente) sem analisar de forma sensata, coerente. Com isso, não adquirem conhecimento mínimo ideal para pelo menos aumentar sua maturidade quanto ao assunto.

Como já disse, mas por outro ângulo, a maioria por pesquisar, ler, ouvir, assistir, “estudar, analisar” muito superficialmente os materiais encontrados, acabam subentendendo o assunto, consequentemente adquirindo conhecimento fragmentado, sem nexo, “sem sentido” e com isso, na maioria das vezes, acaba tirando conclusões erradas.

São pouquíssimos os que utilizam os recursos e ferramentas da internet para realmente ampliar seu conhecimento, criatividade, habilidades, inteligência e potencial geral.

Alguns apenas aumentam um pouco seu conhecimento. O conhecimento serve de base para formação da inteligência. Ser inteligente é muito mais que só ter conhecimento. Ser inteligente, como dito em outras partes desta série sobre o assunto é, dentre outras coisas, ser criativo, saber analisar e gerar soluções para problemas e situações nunca antes enfrentadas / vistas pelo indivíduo.

O chamado efeito Google citado em alguns materiais na internet, inclusive provenientes de estudos, se refere a pessoas que se sentem mais inteligentes só por ter ferramentas de busca à sua disposição e as utilizarem para obterem algumas informações / “receitas”, “fórmulas”, procedimentos, dicas de como fazer algo. Mas só pesquisar e seguir receitas, fórmulas, procedimentos, sem analisar, aprender de verdade, sem adquirir habilidades para transformar, criar, mesmo que simples variantes, não dá a ninguém o mérito de ser inteligente. Lembrando que não é só o Google – Bing, Yahoo e todos os outros sistemas de pesquisa e diversas outras ferramentas da internet geram o mesmo efeito. O Google só “deu” nome ao fenômeno por estar em maior evidência.

Infelizmente, devido a forma como é utilizada, a internet vem transformando grande parte dos humanos em verdadeiros zumbis, seres privados de inteligência real e de vontade própria, insensatos, inconsequentes, sem raciocínio lógico, “Maria varia vai com as outras”, facilmente manipuláveis, e que se guiam por modismos, falsas verdades, falsos conceitos, mitos, entre outros.

Estudando e utilizando de forma adequada, muitos conteúdos da internet servem de conhecimento base para se tornar inteligente; e para quem já é inteligente serve de complemento para ampliar ainda mais seus conhecimentos, potencial e consequentemente, sua inteligência.