Não é necessário afirmar que também é concorrência desleal a formação, criação de grupos, parcerias, alianças, “networks” maliciosas, panelinhas, máfias, cartéis entre profissionais, empresários, fabricantes, distribuidores, publicitários, jornalistas, políticos, governantes, advogados, juízes e ou outros, inclusive distintos, mas direta ou indiretamente ligados comercialmente ou por interesses comuns como dinheiro e ou poder.
Por falta de maturidade comercial, ganância e ou por achar que todo mundo é ingênuo, idiota, e só eles são espertos e inteligentes, alguns classificam seus grupos como sendo networks, grupos de contato. Dependendo da forma como é feito e objetivo do grupo, da network, não caracteriza jogo sujo, concorrência desleal; mas muitas são fechadas, são parcerias, panelinhas, cartéis, grupos maliciosos (máfias).
Muitas destas uniões são objetivando, entre muitas outras coisas, adquirir, gerar ou ampliar “forças”, poder, para prejudicar, ridicularizar, descredibilizar, inibir, ofuscar, limitar de forma direta ou indireta produtos, serviços, profissionais concorrentes, normalmente superiores, verdadeiramente bons, bem elaborados, eficientes, tecnicamente bem preparados; para que profissionais, produtos e serviços dos integrantes do grupo se destaquem e com isso dominem, controlem o mercado, setor, atividade comercial. Em muitos casos, além dos já citados, os grupos maliciosos têm o objetivo também de lesar potenciais clientes, consumidores.
Para isso, estes grupos disfarçados de networks utilizam diversas práticas não éticas ligadas a concorrência desleal como troca de favores, politicagens, jogo de influência, informações privilegiadas, favoritismos, favorecimentos, publicidades enganosas, dentre várias outras citadas na série sobre jogo sujo e concorrência desleal.
Grupos deste tipo geram grandes danos técnicos, profissionais e comerciais a atividades e mercados inteiros, e que infelizmente muitas vezes só são percebidos quando já se é muito tarde.
Muitos destes grupos maliciosos costumam promover encontros, eventos públicos, pagos e ou gratuitos relativamente grandes para se divulgarem, mostrar seus poderes. Porém a maioria não passa de aventureiros oportunistas sem conhecimento, preparo, expertise, maturidade, diferencial técnico, profissional e comercial reais. O que muitos dos integrantes destes grupos têm de sobra é malícia, lábia. Muitos envolvidos com estes grupos até são realmente muito espertos, malandros, inteligentes quanto a lábia, malandragem, jogo sujo, porém no fundo, em suas atividades, a maioria é técnico e profissionalmente extremamente despreparado, imaturo e ou ingênuo; e com isso são frágeis, fáceis de se quebrarem, serem desmascarados.
Uma de várias comprovações da ingenuidade de muitos dos citados, é o fato de não enxergarem que muitas de suas práticas costumam destruir reputações e todo o mercado que poderia ser rentável por muito mais tempo se explorado de forma adequada.
Podemos citar alguns exemplos de grupos maliciosos que às vezes vemos em mídias, como:
-Os que envolvem advogados, juízes, tabeliões, promotores de justiça, políticos, empresários, empresas de financiamento de imóveis e automóveis, escritórios de cobranças, empresas de seguro, delegados e até policiais, entre outros.
-Os que envolvem médicos, anestesistas, enfermeiros, representantes de indústrias farmacêuticas, diretores de clínicas e de hospitais públicos e privados, entre outros.
-Por fim, grupo exemplo representante da área artística, o que envolve Djs, produtores, agenciadores, empresários da noite, promotores de eventos, comerciantes, representantes de marcas de equipamentos, políticos, cursos e outros direta e indiretamente ligados.
Existem muitos outros grupos. Estes são só alguns para ilustrar e facilitar a compreensão do artigo.