Artigo 25 parte 3 da série: Jogo sujo e concorrência desleal
Muitos cursos, escolas, universidades fazem de tudo para atrair novos clientes, alunos; a maioria oferece, promete através de propaganda enganosa o que não tem capacidade ou não vai entregar, ou seja, um treinamento de qualidade verdadeiramente eficiente.
Muitos cursos formais, inclusive universidades, e informais, livres contratam profissionais atuantes, muitos ainda sem a experiência, maturidade técnica e profissional ideal, e pior, muitas vezes extremamente atarefados sem tempo para se prepararem adequadamente para as aulas, para atuar como instrutores, ministrarem cursos, o que certamente o leva a não ser um bom professor, não ter bom desempenho, não saber ou não ter tempo de ensinar, moldar seus alunos como seria possível e deveria.
Para iludir e atrair mais alunos ingênuos, muitos cursos têm a cara de pau de citar em suas publicidades o fato de seus instrutores serem atuantes, como se isso de fato fosse uma vantagem para os alunos. Raramente o fato do professor ser atuante na atividade a qual leciona é realmente vantajoso para seus alunos, pois em muitos casos estes profissionais estão muito ocupados com os afazeres de sua atividade base, para se prepararem apropriadamente e ou estão cansados para atuar de forma adequada em sala de aula, dentre vários outros problemas.
Estes fatos não significam que todo instrutor que também atua em sua atividade base não tenha tempo de se preparar e atuar paralelamente como instrutor de forma apropriada e até mesmo excepcional, porém, são raríssimos os casos de pessoas que conseguem atuar de forma satisfatória em uma atividade e ainda ministrar aulas eficientes da mesma. Tudo depende de diversos fatores, muitos relevantes, entre eles: o nível de cansaço gerado pela atividade base, a demanda de tempo quanto a carga de trabalho diária e ou semanal da atividade, e das aulas que ministra, entre outros. De qualquer forma, na média, instrutores dedicados, verdadeiramente bons podem ensinar melhor que um experientes atuantes. Além de tudo citado, o fato de ser atuante, ser experiente, excepcional em sua atividade não significa que o indivíduo seja realmente um bom professor, que sabe ensinar o que sabe fazer. Saber fazer, ser muito bom em uma atividade e saber ensinar são coisas muito diferentes. Uma pessoa que verdadeiramente domina a arte e ciência de ensinar e desenvolver habilidades, normalmente também domina a arte de aprender e com isso pode aprender mais rapidamente e desenvolver métodos, técnicas e conceitos de ensino mais eficientes que um atuante experiente que não domina a arte de aprender e de ensinar. O fato é que poucos profissionais experientes, geniais em suas atividades base sabem realmente ensinar, passar seu conhecimento e ou desenvolver habilidades em seus alunos; com isso, sendo redundante, repito, raramente o fato de um instrutor ser atuante em uma atividade base é realmente vantajoso para seus alunos; na maioria dos casos é completamente oposto.
Este é um exemplo de conceitos utilizados por muitos cursos para atrair clientes usando publicidade enganosa que caracterizam jogo sujo com seus clientes / alunos e concorrência desleal. Se deseja saber mais, poderá ver outras práticas em outros artigos desta série.