Concorrência desleal parasitária ou simplesmente concorrência parasitária é basicamente o roubo na íntegra ou parcial de objetos / produtos / obras intelectuais – ideias, técnicas, conceitos, processos, procedimentos, entre outras criações, obras fruto da inteligência, potencial intelectual; proveniente de estudos, pesquisas e análises formais e ou informais de alguém e ou alguma instituição , e utilizá-las para entrar, crescer, se destacar e ou se manter em um mercado. Em outras palavras, para ficar bem claro, é basicamente se escorar no potencial, conhecimento, inteligência, criatividade de atuais e / ou futuros concorrentes, quem realmente os têm.
Não há porte, status; desde pequenos profissionais a gigantes corporações praticam concorrência parasitária.
Existem muitas formas de roubo intelectual(profissional, comercial e ou industrial), uso direto e indireto de ideias, técnicas e conceitos alheios que podem ser classificadas como concorrência parasitária.
Esta prática da concorrência suja / desleal, está intrínseca na espionagem comercial. Apresentando de uma forma mais detalhada, muitos por não terem conhecimento, habilidades, maturidade (técnica, profissional e ou comercial), potencial e ou expertise reais, buscam adquirir materiais de concorrentes de formas não convencionais; roubam ideias, conceitos, técnicas, métodos, processos, procedimentos, “fórmulas / receitas”, entre outros, de quem têm preparo real, por ter verdadeiramente investido em estudos, pesquisas e análises formais e ou informais; em desenvolvimento e aperfeiçoamento de seus produtos e ou serviços.
Muitos dos que praticam concorrência parasitária, roubam, utilizam propriedades intelectuais de outros, dizem ou deixam a entender que são donos das ideias, projetos e conceitos, e ainda dizem serem os melhores do mercado.
É fácil dizer que é o melhor e ser assimilado pelo mercado sem investir em estudos, pesquisas, análises, desenvolvimentos adequados, apenas roubando e aplicando superficial ou integralmente ideias de outros, investindo somente em publicidade enganosa. Infelizmente isso é o que a grande maioria faz hoje.
Em se tratando de propriedade intelectual, como o nome já diz, se pode roubar tudo que é proveniente da mente, do intelecto; fruto da inteligência e criatividade. Se pode roubar “ideias”, criações, invenções; técnicas / métodos, conceitos; receitas, fórmulas, algoritmos; processos, procedimentos; modelo e estratégias comerciais, de negócios; estratégias publicitárias, identidade visual, entre vários outros, de forma parcial ou integral.
Dependendo da prática, do que e ou de como se está usurpando, se está roubando os créditos da autoria, os direitos autorais e também o “nome”(renome), visibilidade, popularidade, reputação, status, prestígio, credibilidade, o diferencial técnico, profissional e ou comercial.
Como exemplo, em se tratando de cursos, escolas e instrutores, para muitos pode não parecer, mas copiar metodologias, técnicas, conceitos de ensino, treinamento e de desenvolvimento de habilidades, sem autorização pode ser classificado como concorrência parasitária e mostra a falta de preparo real, falta de seriedade e respeito para com os concorrentes e também para com seus alunos / clientes.
Em muitos casos, alguns dos que se apropriam indevidamente de propriedades intelectuais, seja de forma maldosa ou ingênua, levam a fama, crescem e se tornam renomados, mais do que quem teve a ideia, o verdadeiramente inteligente que criou o conceito, técnica, produto e ou serviço.
Copiar na íntegra, imitar, sintetizar, fazer algumas pequenas mudanças nas ideias, conceitos de outros, em quase 100% dos casos é relativamente muito mais fácil que ter a ideia e criar algo do zero. Além disso, quem se apropria de produtos intelectuais de outros, não investe tempo nem dinheiro em estudos, pesquisas, observações, análises e desenvolvimento, e assim, investem mais em estrutura e publicidade para se destacar profissional e comercialmente.
Para quem não sabe, não parou para pensar, os custos quanto a estudos, pesquisas e outros citados para preparação, manutenção, criação/desenvolvimento e produção, em muitos casos são muito altos, mesmo para produtos “caseiros”. Para muitos, o maior investimento é em tempo, que custa caro, tem alto valor para quem estuda, cria, desenvolve e produz algo. Veja um exemplo no artigo “O preço / custo / valor de um artigo autêntico e a importância de se registrar”.
Em muitos casos as obras, produtos ou serviços imitados, cópias, são de significativa inferior qualidade, porém devido a investimento em estrutura, estética e principalmente em publicidade (propaganda enganosa) estes acabam se destacando muito mais que os que os “inspiraram”.
Uma síntese, resumo, dependendo de como foi / é feito e ou está sendo utilizado, mesmo relativamente pequeno, principalmente se tratando de material técnico, procedimento, processo, mecanismo, técnica ou outro, principalmente registrado / patenteado, pode se caracterizar plágio, roubo intelectual.
Mas uma frase, parágrafo, relativo pequeno trecho, síntese, sem deixar de citar a fonte e em caso de conteúdo de site, não deixando de colocar também um link para o conteúdo de onde foi copiado o trecho ou que serviu de referência, pode não caracterizar roubo intelectual.
Um bom exemplo foi o caso do proprietário do site www.devoltaparaovinil.com.br que fez um excelente trabalho de pesquisa, usando várias referências, e que as citou; colocou todos os sites que geraram dados e informações ao fim do artigo http://www.devoltaparaovinil.com.br/p/toca-discos.html.
Caso publique, principalmente na internet, não deve revelar todos os segredos técnicos. O ideal é que crie os artigos / documentos o mais completo, detalhado possível para registrar e após o registro, deve sintetizar uma versão um pouco mais resumida, com um pouco menos de informações técnicas, ou seja, suprimindo alguns detalhes chaves, para publicar, deixando-os para aplicar, utilizar quando necessário e ou conveniente.
Este conceito cabe em muitas situações, atividades e ou mercados. Através dos artigos, mesmo um pouco menos detalhados, poderá enriquecer em muito seu site, mostrar seu potencial, atrair visitas, e consequentemente clientes. E se, ou quando necessário, poderá desmascarar inclusive em tribunal, os concorrentes que jogam sujo, praticam concorrência desleal.
Neste conceito de defesa, a única dificuldade / obstáculo que muitos encontram, é ter tempo, e principalmente saber transformar ideias, técnicas, procedimentos, processos, mecanismos, conceitos ou outros, em artigos técnicos. Obviamente no início para quem não tem experiência em escrever pode ser realmente difícil, mas após começar, em um tempo relativamente curto poderá ganhar experiência e achará mais fácil. Para facilitar ainda mais, leia alguns de nossos artigos. Neles poderá ganhar inspiração para escrever sobre seus produtos e ou serviços. Não são todos, mas temos muitos artigos excelentes, e praticamente a maioria poderá servir de referência.
Como exemplo, os materiais sobre jogo sujo e concorrência desleal que registramos tem mais conteúdo do que o que publicamos, mas neles encontrará tudo que precisa saber, inclusive para se defender e ou atacar a concorrência desleal. Guardamos apenas alguns pequenos detalhes técnicos, para se necessário, ferrar com os loucos, metidos a espertos, que porventura venham tentar nos prejudicar, dando uma de espertos pra cima de nós.
Apesar de não parecer, esta é uma das práticas da concorrência desleal relativamente mais fácil de se proteger e até de fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. Para isso, basta documentar e registrar através de artigos tudo que desenvolver, obviamente que antes de utilizar / aplicar. Caso necessário isso permitirá processar, desmascarar os que fazem uso desta prática e reaver seus direitos intelectuais, méritos e créditos.
Com o material registrado poderá, na pior das hipóteses, mostrar seu potencial, diferencial, comprovar que foi ou ainda é pioneiro e referência, e com isso manter ou resgatar seu nome, credibilidade, reputação e dignidade quando comprometidas ou roubadas.
Na melhor das hipóteses, caso tenha materiais que lhes roubaram, mas que os usurpadores não entenderam, não souberam interpretar, valorizar e consequentemente não souberam utilizar / aplicar, melhor ainda, se tiver material de grande valor, potencial intelectual que não roubaram, inédito, ou seja, que não foi ainda publicado, poderá mostrar e comprovar com ele, que ainda está muito à frente no mercado, e é muito superior aos que jogam sujo.
Documentar e registrar ideias através de artigos, pode não parecer, mas se utilizado de forma adequada, tem grande valor perante a justiça, mídias e opinião pública, principalmente se as ideias, conceitos e técnicas descritas em seus artigos forem incontestáveis. Quanto mais material tiver, principalmente alguns inéditos, não divulgados, e que complementam e ou fundamentam um ao outro, mais fácil será provar seu potencial, a falta de preparo dos outros, e se for o caso, provar que lhe roubaram propriedades intelectuais.
Registrar textos, imagens, música, dentre vários outros é relativamente muito simples. Veja os detalhes no artigo tutorial Registro de propriedades intelectuais e direitos autorais e no site da Biblioteca Nacional. Registrar marcas e patentes é relativamente mais complexo, e deve recorrer ao INPI — Instituto Nacional da Propriedade Industrial para maiores informações.
Além do que falamos sobre registrar obras, existem outras práticas que auxiliam na proteção e defesa.
E como sempre digo, não existe varinha mágica, com isso, não deve relaxar, não tenha preguiça.
-Uma das primeiras coisas que deve fazer como empreendedor é investir uma relativa pequena parcela de tempo para buscar conhecer Jogo sujo e concorrência desleal no geral, e pelo menos suas principais práticas.
-Mostrar seu potencial intelectual, que é melhor que os que te copiam, criando novidades, superando suas criações anteriores (quando possível dentro de sua especialidade).
-Mostrar seu conhecimento sobre jogo sujo e concorrência desleal, divulgando / compartilhando em sua rede social, materiais como este de nosso e de outros sites. Esta prática é extremamente eficiente pois, além de mostrar que você está por dentro do assunto serve como uma indireta para seus concorrentes maliciosos. Certamente eles verão quando estiverem te espionando e pensarão várias vezes antes de jogar sujo contra você.
A grande maioria, inclusive quem plagia e quem é plagiado, não sabe que hoje é possível procurar eletronicamente na internet, de forma rápida, eficiente e precisa, alguns tipos de plágios de textos e imagens. Ferramentas / aplicativos especiais analisam o conteúdo da internet e mostram os documentos / páginas / sites que são cópias na íntegra, parcial, síntese e os que podem ter sido feitos baseados em um determinado material, ficando fácil mostrar quem realmente é bom, quem é referência, principalmente quando se registra seus materiais. Por isso a importância de se documentar e registrar seus materiais, criações e ou obras intelectuais.
1. Anti-Plagiarism (APP)
2. DupliChecker
3. PaperRater
6. Plagium
7. PlagTracker
8. Viper
9. SeeSources
Fontes:
Para pessoas imaturas pode parecer fantasias de filmes, porém, infelizmente é muito real. O cinema retrata de diversas maneiras esta realidade.
São vários os tipos de espionagens comerciais, que vão desde as mais simples, cometidas por profissionais e “nanoempresários”, normalmente iniciantes; técnicos, profissional e comercialmente imaturos, até às mais complexas, mais bem elaboradas, utilizadas por grandes empresas e corporações.
As mais comuns são basicamente observar bem de perto, adquirir materiais de forma não ortodoxa do concorrente e infiltração de alguém de sua confiança na empresa concorrente – tudo visando aprender com ele e ou copiar / roubar seus projetos, ideias, fórmulas, receitas, conceitos, estratégias e ou mesmo sabotá-los. Se pesquisar na internet, encontrará muitos casos famosos, envolvendo inclusive grandes nomes.
Excelente filme, grande exemplo para muitos, baseado em história real sobre jogo sujo, concorrência desleal e principalmente sobre plágio, roubo de ideia / propriedade intelectual. No filme, Bob Kearns – um inventor, e professor universitário, tem que brigar na justiça contra a gigante Ford Motors para ter de volta um invento que de fato era seu.
Um fantástico desenho animado infantil, fantasia, que todo adulto empreendedor deveria assistir pois fala de forma explícita e clara basicamente sobre jogo sujo, concorrência desleal e roubo de propriedade intelectual / ideias / plágio. Apesar de ser uma fantasia e no final tudo terminar bem, fora da realidade, o filme possui trechos relacionados com áreas profissionais, comerciais e outras, com lições sérias, fortes e diretas, que ensinam muito. Vale muito a pena assistir. O filme mostra também jogo sujo e concorrência desleal relacionados a relacionamento interpessoal.
Veja edição resumida para fins educativos, com 3 minutos de duração, criada por nós apenas com trechos mais significativos relacionados ao plano comercial.